quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PoP - Capítulo II

“ The eyes of the city
Are counting the tears falling down
Each one a promise of everything
You never found ”

Eu não poderia ficar por muito mais tempo ali. As lembranças já estavam me invadindo, me deixando tão enjoada quanto a música lenta que começava a tocar. E o que me deixava mais enjoada ainda? Era som de piano. Tão leve quanto quando ele tocava para mim. Suave aos meus ouvidos, mas marteladas violentas em meu peito. Joe sempre tocava piano quando brigávamos. Mesmo que fosse Nick o melhor pianista, Joe tinha algo que fazia meu estomago colar nas costas quando eu o ouvia tocar. E era desta forma que nossas brigas eram resolvidas.
E era o mesmo som de piano que me deixava enjoada. Eu precisava fugir daquilo. Eu saltei a muretinha da varanda e senti a grama fofa debaixo de minhas sandálias. Eu tentei correr para longe daquela casa, longe daquele som, mas, mesmo que eu ficasse longe o suficiente, eu continuaria ouvindo-o, e agora não era mais o som do piano daquela música. Era Joseph tocando.
Eu parei de correr e apoiei as mãos em meus joelhos, o vestido começando a ficar pesado. Só então eu fiz uma pequena ligação idiota com o vestido que eu usava agora e um que usei há alguns anos atrás. Quando todo o tormento começou.

# CAPÍTULO 2 – Cinco anos atrás

O som das risadas entupia meus ouvidos. O garoto ao meu lado gargalhava alto, os cabelos molhados grudados na testa, as maçãs do rosto levemente coradas pelas risadas. Seus irmãos estavam em um estado igual e a garota a minha frente parecia prestes à vomitar.

- Eu te disse para não comer aquele hambúrguer, Wendy! – o garoto ao eu lado, Joe, retomou a conversa da hora do lanche.
- Joseph... – a loira soluçou – Não começa, okay? – e ela soluçou novamente.
- Kevin, aposto cinco dólares que ela vai vomitar. – Joe cutucou seu irmão mais velho, que balançou a cabeça negativamente.
- A Wen é durona, ela aguenta. – ele a defendeu, dando tapinhas nas costas de Wendy.

Eu abri a boca para falar com Wendy, mas nosso barquinho despencou rio abaixo com tamanha velocidade que eu segurei firmemente nas orelhas do Mickey. E as risadas recomeçaram, exceto Wendy e Nicholas, já que a garota escondia o rosto no peito do namorado e este tinha uma expressão preocupada no rosto.
 O barquinho-Mickey chocou-se com um trajeto plano de novo, jogando água para cima e nos deixando mais encharcados ainda. A velocidade do barquinho estava diminuindo e finalmente chegamos ao final do trajeto. Descemos do barquinho, Wendy ainda apoiada em Nick, o rosto menos verde que antes. Joe estava eufórico pelo passeio no brinquedo e torcia a barra da camisa para tirar a água, assim como todos nós.

- Agora podemos ir naquela montanha russa do Gênio... E depois no Safári do Rei Leão... – ele dizia mais animado do que uma criança.
- Claro, podemos ir a todos – concordava Kevin com a cabeça – Mas primeiro, pague meus cinco dólares.

Ele estava certo, o passeio havia acabado e Wendy não vomitara. Joe arregalou os olhos surpreso, como se não soubesse do que o irmão falava.

- E eu por quê?
- Joe, você apostou que Wen iria vomitar. – intercedeu Nick, abraçando a garota pelos ombros, que olhava Joe com ar de deboche – E ela não colocou nem uma gota só para fora. – Nick até tentava esconder, mas havia um tom de orgulho em sua voz.

Falando em orgulho, Joseph Adam Jonas era o orgulho em pessoa. Eu duvidava que ele iria pagar Kevin, era o mesmo que admitir que ele estava errado. E eu o conhecia a tempo o suficiente (tipo, doze anos, sabe?) para ter certeza que Joe nunca assumia estar errado. E agora não seria diferente. Mas o orgulho de Nick era diferente, era orgulho de outra pessoa. Com Joe nunca foi assim. Sempre ele, ele e apenas ele.

- Vamos Joe. Pague o Kev e vamos continuar o passeio. – eu o apressei, impaciente.
- Exatamente. Continuar nosso passeio. Ainda não terminamos. E eu não disse que Wendy iria vomitar especificamente naquele brinquedo. Apenas disse que ela iria vomitar. E como ainda não fomos para o hotel, então eu não perdi. – ele dizia em tom pomposo, o que me irritava profundamente. Todos nós giramos os olhos, e Joe sorriu vitorioso. Ele já sabia que sempre que fazíamos isso, significava que havíamos desistido de discutir. – Agora vamos logo, não quero pegar fila.

Nisso ele estava certo, a Disney ficava cheia no Ano Novo, então tínhamos que correr para não pegar uma fila monstruosa.
Quase vinte minutos depois de entrarmos naquela fila, já era nossa vez. O trem da montanha russa era dividido em seis carrinhos azuis, o primeiro tinha o rosto do Gênio do Aladdin e o último era mais alongado, como se fosse aquela “cauda” dele, cada carrinho tinha cinco lugares, dois na frente e três atrás, o que dava ao carrinho uma forma levemente triangular. Sentei com Kevin nos dois lugares da frente do primeiro carrinho (de tanto Joe insistir para que pegássemos a cabeça do Gênio) e Nick, Wen e Joe se acomodaram nos bancos de trás, Wen no meio dos dois garotos.

- Isso não vai acabar bem... – Kevin murmurou para mim.
- Eu tenho essa impressão também.

E então, com um solavanco, o trem começou a mover-se, subindo logo em seguida. Quanto mais alto ficávamos, mais eu conseguia ver do parque. Eu podia ver claramente o Castelo da Cinderela, o Safári do Rei Leão, o Port Royal de Piratas do Caribe e quando eu estava quase identificando o que parecia ser a Terra do Nunca, o carrinho despencou e eu gritei desesperadamente, seguida por todos do brinquedo, como uma “onda”. Kevin mantinha os braços levantados, enquanto eu me agarrava à trava de segurança. O trem descia rápido por uma espécie de saca-rolhas, rodando, rodando e rodando, até atingir o trilho plano novamente e subir mais uma vez.

- Anda Wen, solte os braços. – Joe disse entre gargalhadas.
- Deixa ela em paz, Joe.
- Fica quieto, Nick. Seu braço tá quase sangrando de tanto ela te apertar.
- E daí? Não tá doendo.
- Sei, o Nick nunca sente dor, não é mesmo? – Joe debochou.
- Chega Joe. Não vou bancar a idiota e levantar os braços assim só por...

E despencamos novamente, o grito de Wendy mais alto desta vez, assim como as gargalhadas de Joe e o urro de dor de Nick, eu nem precisava olhar para trás, pois sabia que Joe tinha enganado a loira.
 Passamos pelo looping e eu vi um flash forte. Ninguém havia me avisado que tinha câmera no brinquedo, mas eu iria querer aquela foto.
 O brinquedo diminuiu a velocidade e parou na estação novamente, finalizando o percurso. Wen foi a primeira a descer de nosso carrinho, passando por cima de Joe e sentando-se ao lado da catraca, o rosto completamente pálido, parecia até tremer. Nick foi ao encontro dela, a cara emburrada para o irmão e o braço esquerdo marcado por quatro vergões enormes. Eu dei um soco no braço de Joe.

- AI! Que foi agora Alana? – ele reclamava enquanto massageava o braço.
- Você, seu tapado. – eu revirei os olhos e o soquei novamente, ele se encolheu – Sai do pé da Wendy, que saco!
- Mas eu não fiz nada agora.
- Mentiroso! – eu o cutuquei no peito – Você sabe muito bem que a Wen vomita quando fica muito assustada e com certeza, passar em um looping com os braços levantados iria assustá-la.
- Você quem está dizendo isso. – ele segurou minha mão, um sorriso de culpa contido no canto dos lábios – Não eu. Eu só queria que ela sentisse mais adrenalina.
- Quando eu quiser mais adrenalina – Wendy disse, a voz meio fraca, mas irritada, ainda sentada no chão, abraçando as pernas com a cabeça entre os joelhos. – Eu faço questão de te avisar. Caso contrário, não se intrometa!

Joe voltou a rir. Nick ajudou Wendy a levantar-se, olhando feio para o irmão. Eu revirei os olhos para Joe e comecei a caminhar com Nick e Wen, Kevin e o Joebabaca nos seguindo. Já estava quase anoitecendo e a festa de virada de ano logo iria começar. Voltamos para o hotel, os garotos entraram em um quarto antes de nós. Eu conhecia os Jonas há doze anos, mas meus pais nunca teriam me deixado fazer essa viagem se dividíssemos quarto com eles. Como o hotel era o Castelo da Cinderela, nosso quarto tinha toda aquela decoração monárquica, o dourado e o vermelho predominavam, do dossel das duas camas descia um véu prata, leve, igual a cama de uma princesa, cheia de almofadas e edredons vermelhos e aveludados. O quarto tinha um formato oval, de frente  para as camas, ficava uma pequena lareira (que já estava acesa) e na outra extremidade do quarto ficavam duas grandes janelas largas e altas, o beiral pintado de branco, cortinas, tão leves quanto o véu das camas e pratas igual, desciam do teto ao chão e estavam abertas, amarradas com fitas de cetim vermelhas. Com certeza, o lugar era um sonho.
 A festa de virada de ano era a fantasia. Qual era a temática? Personagens Disney, claro. Wendy iria fantasiada de Sininho (ironia com seu nome) e Nick, claro, iria de Peter Pan. Eu iria de Bela, minha personagem preferida desde a infância, A Bela e a Fera era um marco para mim.

 Wendy já estava em seu vestidinho verde que tocava quase dois palmos acima de seus joelhos, o que deixava boa parte das pernas da garota aparecendo (e eu tinha que assumir, minha amiga tinha pernas realmente bonitas), um sapatinho verde estilo boneca nos pés. Os cabelos metade presos em um coque e metade soltos, ela nunca prendia o cabelo todo. Ela me ajudava a fechar o vestido, eram tantos botões em minhas costas que eu me perdia. Ela fechou o último botão e eu a ajudei a encaixar as asas de sua fantasia. Calcei minhas sandálias douradas e me olhei no espelho. O vestido era uma réplica quase perfeita do original, com a diferença que o meu não parecia desenhado. Meus cabelos estavam presos em um coque bagunçado, uma mecha de cabelo caía em cada lado de meu rosto fazendo um cachinho. Meus olhos se destacavam pela maquiagem escura.

- Bem, eu acho que estamos p... – Wendy foi interrompida por três batidinhas rápidas na porta – Entre.

E Nick entrou. Usava uma bela fantasia de Peter Pan, até o chapeuzinho com a pena vermelha ele usava. Estava tão lindo que se não fosse o namorado da minha irmã de consideração, eu iria cantá-lo muito naquela noite. Ele sorriu de uma forma muito Peter quando viu Wendy.

- Eu vim ver se estavam prontas... – ele sorriu novamente – Pelo visto...

Wendy riu alto e abraçou o garoto. Eu tinha certeza que eles iriam começar com a melosidade de “Você está linda!; Não, você quem está!; beijobeijobeijo” e eu não queria ser a vela. Disfarçadamente eu saí do quarto e entrei no dos garotos sem nem bater, se Nick estava pronto, os outros também estavam. O quarto deles não era diferente do nosso, exceto pela bagunça dobrada, como caixas de lanches do McDonald’s e roupas largadas ou penduradas em lugares que eu achava impossível, tipo o lustre.
Kevin estava sentado em uma poltrona vermelha perto da lareira. Sua fantasia era a melhor. Ele estava fantasiado de leão, a coisa mais fofa do mundo.

- Hey Bela, não bate mais?
- Desculpe, não sabia que o Rei Mufasa estava na sala. – eu fiz uma reverência e ele riu.
- Alguém acertou sua fantasia, Kevin? – Joe gritou do banheiro.
- Ao menos eu sei o que usar e já estou pronto. – ele revidou, revirando os olhos e arrumando o nariz de gato no rosto.
- Espera, como assim? Ele não tá pronto ainda?
- Não, A moça ali não sabe o que usar. – Kevin apontava para o banheiro.
- Eu ouvi isso. – Joe resmungou.
- Mas ele não comprou uma só fantasia?
- O Joe? Até parece que você não o conhece, Alana. – Kevin revirou os olhos – Foram três fantasias, e agora ele não sabe qual colocar.
- AAAAH Joseph!

Eu caminhei até o banheiro e abri a porta, novamente sem bater.
Joe usava uma boxer preta. Detalhe: apenas a boxer. Eu via claramente cada músculo definido de seu tórax e de seus braços. Por alguns segundos, eu senti meu queixo cair, mas depois comecei a rir da cena: Joe tentava se esconder atrás das roupas e se enfiar dentro do box escuro do banheiro ao mesmo tempo.

- Existe uma coisa chamada “bater”, sabia? – ele reclamava, as bochechas muito vermelhas, e Joe Jonas nunca ficava vermelho.
- Own, ele tá vermelhinho. – eu ironizei, mas que era fofo vê-lo vermelho, isso é verdade.
- Cala a boca Alana! – ele jogou as roupas para mim e enrolou uma toalha na cintura.
- E quais são as fantasias? – eu olhei para as roupas em meus braços tentando identificar alguma – Mickey... Jack Sparrow? – eu disse quando vi o chapéu inconfundível – E... Qual é essa?
- Aladdin. – ele disse, chegando mais perto de mim. Eu quase perdi o fôlego quando o olhei, mas desviei a atenção para outro lugar. Ele pegou a roupa de Aladdin – Que aliás, é o que vou usar.
- A de Jack Sparrow é mais legal. – eu disse enquanto colocava o chapéu de pirata.
- É, mas perto do Peter Pan e da Sininho vou ficar parecendo com o Gancho, só que sem o ganho.
- Tá, e a de Mickey?
- Estamos na Disney. Metade do parque vai vestido de Mickey, não quero ser mais um.

Eu revirei os olhos e deixei as roupas em cima da pia, tirei o chapéu de pirata e coloquei nele, lhe dando as costas em seguida.

- Mas o chapéu tá bonito. – eu disse entre risinhos baixos, antes de sair pela porta.
- Alana. – eu voltei quando ouvi ele me chamar – Aliás, tá muito bonita. – e ele piscou, o que me deixou muito vermelha – Own, ela tá vermelhinha. – ele me imitou, eu revirei os olhos com raiva e voltei para o quarto, deixando o garoto rindo como bobo.

Eu me sentei em uma das camas, Kevin tinha saído do quarto. E eu fiquei esperando a donzela do Joe terminar de se arrumar. Quase meia hora depois, enquanto eu estava mergulhada em meus pensamentos, Joe reapareceu.
A fantasia de Aladdin havia lhe caído bem. As calças brancas e bufantes, os pés descalços, o colete azul aberto sobre o peito e o chapeuzinho meio vermelho, meio roxo, haviam transformado Joe Jonas em um perfeito Aladdin. Joe tinha a pele clara, mas agora ele estava bronzeado de sol, seu cabelo estava grande, tudo contribuía para que ele ficasse idêntico ao personagem do desenho. Aliás, já mencionei que, quando criança, eu tinha uma grande queda pelo Aladdin? Tá, era pelo Eric da Pequena Sereia, mas, desconsiderem.

- Hey? Alana? Alanaaa... – ele cantarolava e estava os dedos na frente do meu rosto, eu sacudi a cabeça como se acordasse, e só então percebi como ele estava perto – Estou tão gato assim que te deixei sem ação? – ele sorriu convencido.
- Na verdade... – eu dei dois passos para trás, disfarçadamente – Eu estava me perguntando se você é gay.

O sorriso dele sumiu como se eu tivesse jogado um balde d’água fria nele, o garoto revirou os olhos e cruzou os braços (o que os deixavam maiores ainda) e me olhando novamente.

- Por que, Alana? – ele perguntou em tom tedioso.
- Você demora mais do que uma garota para se arrumar. – eu apontei para o relógio e para ele – Só pode ser gay.

Com três passos rápidos, Joe se aproximou de mim, me segurando pela cintura. Ele aproximou seu rosto do meu, eu estava completamente paralisada, a única coisa que eu consegui fazer foi fechar meus olhos quando senti os lábios quentes, macios e úmidos de Joe pousarem suavemente sobre os meus. E então ele me beijou, e para minha surpresa, eu retribuía desesperadamente ao beijo. Ele apertou minha cintura de uma forma que me fez arrepiar por inteira. E, tão subitamente quanto começou, acabou.

Eu levei alguns segundos para cair em minha realidade novamente. Joe me olhava com triunfo, ainda segurando minha cintura. Era uma cena engraçada e eu não queria imaginá-la, Aladdin beijando Bela. Isso acabaria com minha infância. Mas ali, naquele momento, Bela e Aladdin faziam total sentido para mim.

- Espero que isso tenha tirado a ideia de gay da sua cabeça. – ele piscou para mim e me deu as costas.

E eu fiquei ali, parada no quarto por um bom tempo. Algumas coisas não faziam sentido algum, como eu corresponder ao beijo daquela forma, ou me arrepiar ao seu toque. Por fim, eu deixei o quarto e desci para o salão do Castelo. Estava tão anestesiada que não percebia direito as coisas, esbarrava nas pessoas e não ouvia a música direito. Só posso dizer que a decoração era branca e prata, mas não posso dizer como ela estava disposta.
Incrivelmente, encontrei Mufasa sentado em uma das mesinhas. Quando ele me viu, puxou a cadeira ao seu lado para mim.

- Achei que algum Fera tinha aparecido e te raptado! – ele disse entre risos e eu comecei a rir também, a me desligar do que tinha acontecido. Kevin tinha esse incrível poder sobre mim.
- E o que eu perdi?
- Pan e Sino estão dançando há quase meia hora, o nível de melosidade o mais alto que você conseguir imaginar. Eu estava guardando nossa mesa. O bolo de chocolate branco é fenomenal. E Aladdin encontrou uma Jasmine e sumiu com ela. – Kevin fez seu relatório aos risos. – Ah, e ele não me pagou.
- Ele nunca vai pagar, sabe disso. – eu balencei a cabeça negativamente, quando me dei conta da última coisa que ele tinha falado.

Joe me dá o melhor beijo da minha vida, me deixa sem reação e depois acaba no baile com outra? Aliás, por que isso me incomodava tanto?

- Hey Alana. Quer dançar?

Eu olhei para Kevin, o garoto estava um tanto vermelho, o que o deixava mais fofo ainda naquela fantasia de leão.

- Own Kev. Claro! – ele sorriu realizado, me ofereceu o braço e me levou até a pista de dança.

Kevin dançava bem e me distraía, me divertia, mas nem Kevin, com seu poder todo especial, conseguia me colocar em órbita novamente. Pelos cantos dos olhos eu procurava um certo Aladdin, e por dentro, eu me faria sempre a mesma pergunta.
O grande relógio do salão deu doze badaladas, todos na festa começaram a gritar, pular e se abraçar. Kevin, sorridente como sempre, me abraçou e me rodopiou.

- Feliz Ano Novo, Alana. – ele me desejou, a voz perto do meu ouvido.

E como mágica, tudo se clareou. O beijo. O toque. A sensação. O ciúme. Eu havia cometido o maior erro de toda a minha vida. Havia me apaixonado por Joseph Adam Jonas. Meu melhor amigo. O cara mais egocêntrico e orgulhoso do mundo. Eu estava ferrada!


- É, eu vou precisar. – eu murmurei para Kevin, sentindo que todo o meu ano seguinte iria precisar ser ajustado.

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